Os Fundos de Infraestrutura têm ganhado destaque nos últimos anos como uma opção de investimento atrativa para aqueles que buscam oportunidades de diversificação e rentabilidade no mercado financeiro. Neste artigo, vamos explorar o que são esses fundos e como eles funcionam como instrumentos de investimento no cenário de infraestrutura.

O que são Fundos de Infraestrutura?

Os Fundos de Infraestrutura são fundos de investimento que têm como principal objetivo aplicar recursos em projetos e empresas voltados para o desenvolvimento e operação de infraestruturas essenciais. Essas infraestruturas podem incluir rodovias, portos, aeroportos, energia, saneamento, telecomunicações, entre outros setores que são fundamentais para o funcionamento e crescimento da economia.

Esses fundos são constituídos por um conjunto de investidores que aportam recursos em um patrimônio comum, que é administrado por gestores especializados. Dessa forma, os investidores têm a possibilidade de participar indiretamente de empreendimentos de grande porte e de longo prazo, que, muitas vezes, seriam inviáveis para um investidor individual.

Como funcionam os Fundos de Infraestrutura?

O funcionamento dos Fundos de Infraestrutura baseia-se na captação de recursos dos investidores e na alocação desses recursos em projetos e empresas do setor de infraestrutura. Os gestores do fundo são responsáveis por identificar oportunidades de investimento, realizar análises de viabilidade, gerir os ativos e buscar a maximização dos retornos para os cotistas.

Os Fundos de Infraestrutura (FI-Infra) são fundos de investimento voltados à aplicação em títulos de dívida de empresas privadas que atuam no setor de infraestrutura.

Exemplos de negócios no setor de infraestrutura incluem: construção e manutenção de estradas, saneamento básico e produção de energia renovável.

Esses recursos são, portanto, aplicados em ativos como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Títulos Incentivados e Fundos de Investimentos em Crédito (FIDCs).

O FI-Infra está cotado em bolsa desde junho de 2020 e constitui apartamentos fechados. Isso significa que os acionistas não podem resgatar suas ações até o final do prazo estipulado.

No entanto, os cotistas podem sair do fundo quando vendem cotas no mercado secundário. Da mesma forma, novos cotistas podem ter acesso ao fundo comprando cotas no mercado secundário.

Uma vantagem desse tipo de fundo de investimento é que ele isenta as pessoas físicas do imposto de renda sobre rendimentos, ganhos de capital e amortizações.

Por outro lado, uma das desvantagens é a taxa de administração, que é a taxa cobrada pela administração do fundo. Essa taxa existe em todos os fundos de investimento, mas é uma desvantagem porque representa um custo.

Setores da economia onde existem fundos de infraestrutura
O FI-Infra existe em todos os setores da economia. Por exemplo:

Geração de energia;
Saneamento básico;
Portos;
Rodovia;
Geração fotovoltaica;
Transmissão de energia.

Para Fernando Camargo, economista e sócio da LCA Consultores no Brasil, o financiamento para os setores de rodovias, saúde e energia tem uma característica importante: a segurança jurídica.

Fernando Camargo explicou: “Eles [fundos] assim, eles veem perspectiva de crescimento, e o fato de o Brasil estar cada vez mais indo para a iniciativa privada nessas concessões, está saindo da mão do Estado”.

Diferenças entre FII e FI-Infra

Um fundo de investimento imobiliário (FII) difere de um fundo de infraestrutura em vários aspectos. Uma das diferenças entre eles é o trânsito.

Os projetos de infraestrutura são mais arriscados porque fornecem receita durante o período e, eventualmente, os ativos são devolvidos ao governo.

Portanto, são os dividendos acumulados que agregam valor ao FI-Infra. Os FIIs, por outro lado, acabarão se atualizando em algum momento. Assim o risco é menor.

Quais são as vantagens dos fundos de infraestrutura?

Uma grande vantagem dos fundos de infraestrutura é que eles são isentos de imposto de renda pessoal.

Portanto, a renda que você recebe do fundo é efetivamente sua e você não precisa se preocupar em ser tributado.

Além disso, há a vantagem da diversificação. Como a diversificação não é apenas uma forma de reduzir o risco de uma carteira, é também uma forma de melhorar as chances de retorno.

Outra vantagem é que você conta com um gestor profissional para utilizar os recursos do fundo. Então você não precisa se preocupar em analisar patrimônio, isso é responsabilidade do gestor.

No final, há benefícios para esses fundos serem vistos como passivos estáveis. Isso ocorre porque são fundos fechados, portanto, os passivos do fundo são estáveis.

Isso é uma vantagem porque a administração do fundo pode se concentrar no portfólio do fundo e carregar menos dinheiro.

Quais são as desvantagens?

A desvantagem do FI-Infra é a taxa de administração. Essas taxas se aplicam a todos os fundos de investimento.

No entanto, representa uma desvantagem, pois é um custo adicional para os investidores. Até porque, se você investe diretamente em títulos de renda fixa, não precisa arcar com esse custo.

Outra desvantagem é que ainda não existem muitas opções de fundos de infraestrutura listadas nas bolsas.

Portanto, devido ao baixo capital e ao baixo volume diário de negociação, os spreads podem ser muito altos. O spread é a diferença entre o preço de compra e venda de uma ação.

Principais riscos

Um dos principais riscos dos fundos de infraestrutura é o risco de crédito. Juntos, esse é o risco de inadimplência corporativa.

Ou seja, o risco de o emissor do título não devolver os recursos e juros que levantou dos investidores.

Além disso, existem riscos de liquidez. Basicamente, a liquidez é a facilidade com que você pode vender suas ações e resgatar seu dinheiro.

O risco de liquidez é, portanto, o risco de que você não consiga vender facilmente essas ações ou de que isso resulte em uma perda.

Por fim, ainda existe o risco de mercado. É o risco de perda devido a mudanças nos preços dos ativos.